Menopausa e Perimenopausa: Como Aliviar os Sintomas com Exercícios
A menopausa. Só de ouvir essa palavra, muitas mulheres já sentem um arrepio. Ondas de calor, insônia, alterações de humor, ressecamento vaginal, escapes de urina… A lista de possíveis desconfortos é longa e, muitas vezes, assustadora. Durante anos, a menopausa foi tratada como um tabu, um sinal de envelhecimento e perda da feminilidade. No entanto, é hora de mudar essa perspectiva. A menopausa não é o fim, mas sim o início de uma nova e poderosa jornada.
Mas como atravessar essa fase de transição com mais leveza, saúde e bem-estar? A resposta pode estar mais perto do que você imagina: na fisioterapia pélvica e na prática de exercícios físicos. Sim, é isso mesmo! Cuidar do seu assoalho pélvico e manter o corpo em movimento são as ferramentas mais eficazes para aliviar os sintomas da menopausa e garantir uma qualidade de vida muito maior. Neste guia completo, vamos desmistificar a menopausa e a perimenopausa, mostrando como a fisioterapia pélvica e os exercícios certos podem te ajudar a abraçar essa nova fase com mais confiança, prazer e vitalidade. Portanto, se você está buscando soluções práticas e eficazes para viver a plenitude da maturidade, continue a leitura!
Perimenopausa e Menopausa: Entendendo as Diferenças e os Sinais do Seu Corpo
Primeiramente, é crucial entender que a menopausa não acontece da noite para o dia. Ela é precedida por um período de transição chamado perimenopausa, que pode durar vários anos. Conhecer os sinais do seu corpo é o primeiro passo para buscar ajuda e se preparar para as mudanças que virão.
O Que é a Perimenopausa?
A perimenopausa, que significa “ao redor da menopausa”, é o período em que os ovários começam a produzir menos estrogênio. Geralmente, começa por volta dos 40 anos, mas pode variar de mulher para mulher. O principal sinal da perimenopausa é a irregularidade menstrual. Os ciclos podem ficar mais curtos ou mais longos, e o fluxo menstrual pode aumentar ou diminuir. Além disso, outros sintomas da menopausa, como as ondas de calor, já podem começar a aparecer.
Os Sintomas Mais Comuns da Menopausa
A menopausa é oficialmente declarada após 12 meses consecutivos sem menstruação. A queda acentuada dos níveis de estrogênio é a responsável pelos sintomas mais conhecidos, que podem incluir:
•Ondas de calor (fogachos): Uma sensação súbita de calor intenso, principalmente no rosto, pescoço e peito.
•Suores noturnos: Ondas de calor que ocorrem durante o sono, podendo levar à insônia.
•Alterações de humor: Irritabilidade, ansiedade e até mesmo depressão.
•Ressecamento vaginal: A falta de estrogênio pode deixar a mucosa vaginal mais fina e menos lubrificada, causando dor na relação sexual.
•Incontinência urinária: Perda involuntária de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforço.
•Diminuição da libido: A queda hormonal e o desconforto na relação sexual podem afetar o desejo sexual.
•Ganho de peso: O metabolismo fica mais lento, facilitando o acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal.
•Pele seca e cabelos finos: O estrogênio também é importante para a saúde da pele e dos cabelos.
É importante ressaltar que nem todas as mulheres sentirão todos esses sintomas, e a intensidade deles pode variar muito. Contudo, se você está passando por isso, saiba que não está sozinha e que existem tratamentos eficazes.
O Impacto da Queda Hormonal no Assoalho Pélvico: O Elo Oculto
Muitas mulheres não sabem, mas a queda do estrogênio durante a menopausa tem um impacto direto e significativo no assoalho pélvico. Essa rede de músculos e ligamentos, que sustenta a bexiga, o útero e o reto, depende do estrogênio para se manter forte, elástica e saudável. Com a diminuição desse hormônio, o assoalho pélvico pode enfraquecer, levando a uma série de problemas que afetam profundamente a qualidade de vida.
Ressecamento Vaginal e Dor na Relação
Um dos sintomas mais incômodos e que mais afeta a autoestima da mulher é o ressecamento vaginal, também conhecido como atrofia vaginal. A falta de estrogênio torna a mucosa vaginal mais fina, seca e menos elástica. Consequentemente, a lubrificação natural diminui, o que pode causar dor, desconforto e até mesmo fissuras durante a relação sexual. Muitas mulheres, por vergonha ou falta de informação, sofrem em silêncio, o que pode levar a problemas de relacionamento e a uma queda drástica da libido.
Incontinência Urinária: Os Escapes que Ninguém Comenta
Você já espirrou e sentiu um escape de urina? Ou talvez tenha deixado de pular na aula de ginástica por medo de passar por uma situação constrangedora? A incontinência urinária de esforço é extremamente comum na menopausa e está diretamente ligada ao enfraquecimento do assoalho pélvico. Quando essa musculatura não consegue mais sustentar a bexiga de forma eficaz, qualquer aumento da pressão abdominal (como tossir, rir, espirrar ou fazer exercícios) pode resultar em perdas de urina. Embora seja um problema frequente, não é normal e tem tratamento!
Diminuição da Libido e o Impacto na Autoestima
A diminuição da libido na menopausa é multifatorial. Por um lado, a queda hormonal, tanto do estrogênio quanto da testosterona, pode reduzir o desejo sexual. Por outro lado, o ressecamento vaginal e a dor na relação tornam o sexo uma fonte de ansiedade e desconforto, em vez de prazer. Adicionalmente, as alterações de humor, a fadiga e as mudanças na imagem corporal também podem abalar a autoestima e a confiança da mulher, impactando ainda mais sua vida sexual. É um ciclo vicioso que precisa ser quebrado.
Fisioterapia Pélvica: Sua Maior Aliada na Menopausa
Diante de tantos desafios, a fisioterapia pélvica surge como uma luz no fim do túnel. Trata-se de uma especialidade da fisioterapia que se dedica à prevenção e ao tratamento das disfunções do assoalho pélvico. Através de uma abordagem individualizada e não invasiva, o fisioterapeuta pélvico pode te ajudar a recuperar a força, a flexibilidade e o controle dessa musculatura tão importante, aliviando os sintomas e devolvendo sua qualidade de vida.
Como a Fisioterapia Pélvica Pode Ajudar?
A fisioterapia pélvica atua em diversas frentes para combater os efeitos da menopausa no assoalho pélvico. Os principais benefícios incluem:
•Fortalecimento do Assoalho Pélvico: Ajuda a prevenir e tratar a incontinência urinária e o prolapso genital (queda da bexiga ou do útero).
•Melhora da Lubrificação e Elasticidade Vaginal: Através de técnicas específicas, é possível melhorar a circulação sanguínea na região, o que ajuda a combater o ressecamento e a dor na relação.
•Aumento da Percepção Corporal e do Prazer Sexual: Ao aprender a contrair e relaxar a musculatura do assoalho pélvico, a mulher aumenta a consciência sobre seu corpo e pode ter orgasmos mais intensos.
•Alívio da Dor: Técnicas de relaxamento e liberação miofascial podem aliviar dores pélvicas crônicas e o desconforto durante a relação sexual.
Técnicas Utilizadas: Muito Além dos Exercícios de Kegel
Muitas pessoas associam a fisioterapia pélvica apenas aos exercícios de Kegel (contração e relaxamento do assoalho pélvico). Embora sejam importantes, o tratamento vai muito além. Um fisioterapeuta especializado fará uma avaliação completa para identificar suas necessidades específicas e poderá utilizar técnicas como:
•Biofeedback: Um aparelho que mede a atividade dos músculos do assoalho pélvico e a exibe em uma tela, ajudando a mulher a ter mais consciência e controle sobre a contração.
•Eletroestimulação: Utiliza correntes elétricas de baixa frequência para estimular e fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
•Terapia Manual: Técnicas de massagem e liberação miofascial para relaxar a musculatura e aliviar pontos de tensão.
•Cones Vaginais: Pequenos pesos que são inseridos na vagina para ajudar no fortalecimento muscular.
•Exercícios Hipopressivos: Como veremos a seguir, são uma ferramenta poderosa para fortalecer o core e o assoalho pélvico.
Portanto, se você está sofrendo com os sintomas da menopausa, não hesite em procurar um fisioterapeuta pélvico. É um investimento na sua saúde e no seu bem-estar.
Exercícios que Transformam: O Poder do Movimento na Menopausa
Além da fisioterapia pélvica, a prática regular de exercícios físicos é fundamental para atravessar a menopausa com mais saúde e disposição. O movimento não só ajuda a aliviar os sintomas, como também protege o corpo contra doenças crônicas, como a osteoporose e as doenças cardiovasculares, que se tornam mais comuns nesta fase.
Exercícios Hipopressivos: Fortalecendo o Core e Aliviando a Pressão
Os exercícios hipopressivos são uma técnica que combina posturas e respiração para diminuir a pressão na cavidade abdominal e ativar a musculatura profunda do abdômen e do assoalho pélvico. Diferentemente dos abdominais tradicionais, que aumentam a pressão e podem até piorar a incontinência urinária, os hipopressivos fortalecem o core de forma segura e eficaz. Os benefícios incluem:
•Redução da circunferência da cintura.
•Melhora da postura.
•Prevenção e tratamento da incontinência urinária.
•Melhora do funcionamento intestinal.
Musculação: Ganhando Massa Muscular e Protegendo os Ossos
Com a queda do estrogênio, a perda de massa muscular e óssea se acelera. A musculação, ou treinamento de força, é essencial para combater esse processo. Ao levantar pesos, você estimula a produção de massa muscular, o que acelera o metabolismo e ajuda a prevenir o ganho de peso. Além disso, o impacto dos exercícios de força nos ossos ajuda a prevenir a osteoporose. Não tenha medo de pegar pesado, sempre com a orientação de um profissional.
Exercícios Aeróbicos: Cuidando do Coração e do Humor
Caminhada, corrida, natação, dança… Os exercícios aeróbicos são fundamentais para a saúde do coração, que também fica mais vulnerável na menopausa. Além de proteger o sistema cardiovascular, a prática regular de atividades aeróbicas ajuda a controlar o peso, melhora a qualidade do sono e libera endorfinas, os hormônios do bem-estar, que são grandes aliados no combate às alterações de humor e à ansiedade.
Leia também no nosso Blog : Treino e Ciclo Menstrual: Como Ajustar seus Exercícios para Ter Mais Energia em Cada Fase

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Menopausa e Fisioterapia Pélvica
Ainda restam dúvidas? Esclarecemos aqui as perguntas mais frequentes sobre menopausa, fisioterapia pélvica e exercícios.
A perimenopausa pode começar por volta dos 40 anos, então é importante estar atenta aos sinais do seu corpo desde essa idade. Quanto antes você adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios e uma alimentação equilibrada, mais suave será a transição.
A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma opção para aliviar os sintomas da menopausa, mas não é indicada para todas as mulheres. A decisão deve ser tomada em conjunto com seu médico, que avaliará os riscos e benefícios para o seu caso específico. É importante lembrar que a TRH não substitui a necessidade de um estilo de vida saudável.
O número de sessões varia muito de mulher para mulher, dependendo dos sintomas e da avaliação inicial. Em geral, são recomendadas de 10 a 12 sessões, mas o fisioterapeuta pélvico definirá o plano de tratamento ideal para você.
Embora os exercícios de Kegel sejam importantes, eles não são suficientes quando feitos sem orientação. Muitas mulheres, inclusive, fazem a contração de forma errada, o que pode piorar o problema. A fisioterapia pélvica oferece uma abordagem muito mais completa e individualizada.
Depende. Se você já tem um bom condicionamento físico e não tem problemas de incontinência urinária ou dores articulares, os exercícios de alto impacto podem ser benéficos. No entanto, se você está começando agora ou tem algum desses problemas, o ideal é optar por atividades de baixo impacto, como caminhada, natação e ciclismo.
Em suma, a menopausa e a perimenopausa são fases de profundas transformações, mas não precisam ser sinônimo de sofrimento. Ao entender as mudanças que ocorrem no seu corpo e ao adotar as ferramentas certas, como a fisioterapia pélvica e a prática regular de exercícios, você pode não apenas aliviar os sintomas, mas também descobrir uma nova forma de se relacionar com seu corpo, com mais saúde, prazer e autoconfiança.
Lembre-se: você não está sozinha nessa jornada. Procure profissionais qualificados, converse com outras mulheres, compartilhe suas experiências e, acima de tudo, seja gentil consigo mesma. Abrace a mudança, cuide-se e viva a plenitude da maturidade, pois ela pode ser a fase mais libertadora e poderosa da sua vida.
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